As imagens da Guerra do Vietnã tiveram um forte impacto sobre ele e foram decisivas para a descoberta de sua vocação. Ele recorda como, nos anos 1970, foi profundamente afetado pela famosa foto de Nick Ut, da menina vietnamita correndo nua e com a pele queimada após um ataque americano.(post sobre ela aqui)
"Foi uma poderosa denúncia de guerra, da crueldade e da injustiça. Decidi seguir esta tradição".
Em 1976 começou a trabalhar como fotógrafo de jornais no Novo México e, em 1980, mudou-se para Nova Iorque para dar início a uma carreira como fotógrafo "free-lance" para revistas. O seu primeiro trabalho como fotógrafo internacional foi a cobertura do movimento civil na Irlanda do Norte em 1981 durante a greve de fome do IRA (Exército Republicano Irlandês). Desde então, James Nachtwey tem se dedicado a documentar guerras, conflitos e situações sociais precárias.
James Nachtwey é considerado por muitos o mais corajoso fotojornalista da atualidade e também o mais ocupado dos fotógrafos profissionais do mundo. Além disso, é tido como um homem tímido, empenhado na profissão e que gosta de mergulhar em pensamentos filosóficos, vem usando a fotografia ao longo de sua experiência como uma arma pacífica para documentar desigualdade e conflitos sociais.
Realizou extensos trabalhos fotográficos em lugares tão diversos como El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Líbano, a Margem Ocidental e Gaza, Israel, Indonésia, Tailândia, Índia, Sri Lanka, Afeganistão, Filipinas, Coreia do Sul, Somália, Sudão, Ruanda, África do Sul, Rússia, Bósnia e Herzegovina, Chechênia, Kosovo, Romênia, Brasil e Estados Unidos.
James Nachtwey é fotógrafo da Revista Time desde 1984. Esteve associado a Black Star de 1980 a 1985 e foi membro da agência Magnum de 1986 a 2001. Em 2001, foi um dos membros fundadores da agência de fotografia VII Photo. Fez exposições individuais no International Center of Photography em Nova Iorque, na Bibliothèque Nationale de France em Paris, no Palazzo Esposizione em Roma, no Museum of Photographic Arts em San Diego, na Culturgest em Lisboa, no El Círculo de Bellas Artes em Madrid, na Fahey/Klein Gallery em Los Angeles, no Massachusetts College of Art em Boston, na Canon Gallery e na Nieuwe Kerk em Amesterdã, no Carolinum em Praga, e no Hasselblad Center na Suécia, entre outras.
Em 2003, atuava como correspondente da revista Time em Bagdá e foi ferido por uma granada quando acompanhava uma patrulha dos Estados Unidos. Ficou internado inconsciente por alguns dias.
Recebeu diversos prêmios tais como o Common Wealth Award, Martin Luther King Award, Dr. Jean Mayer Global Citizenship Award, Henry Luce Award, Robert Capa Gold Medal (cinco vezes), o World Press Photo Award (duas vezes), Magazine Photographer of the Year (sete vezes), o International Center of Photography Infinity Award (três vezes), o Leica Award (duas vezes), o Bayeaux Award for War Correspondents (duas vezes), o Alfred Eisenstaedt Award, o Canon Photo essayist Award e o W. Eugene Smith Memorial Grant para Humanistic Photography. É um associado da Royal Photographic Society e Doutor Honorário de artes da Faculdade de Artes de Massachusetts.
Ps : se acaso gostarem posso providenciar uma segunda parte ...
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